sábado, 5 de novembro de 2011
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Quando os opostos se atraem...
O amor é uma fórmula biológica que nos indica algo que nos falta em si e podemos obter mediante outrem. A dita "cara metade" é o jargão popular mais correto de explicar esse fenômeno. Inúmeros filósofos, poetas, médicos tentaram descrêve-lo mas o que importa de fato é sentí-lo.
Existem maneiras distintas de se amar, mas o amor é uno. Tudo que nos leva a sentir afeto a outrem sem razão anterior formulada dar-se-á o nome de amor. O filho ao pai; O marido a esposa; O amigo ao outro; etc...São todas relações que o amor estabelece sem matriz iniciante a não ser o próprio amor por si mesmo. Não se pode construir um amor, ele nasce da interação é inato a ela. Um ser humano não se afeiçoa a outro empiricamente, ele idealiza o amor e o torna cada vez mais sólido mediante a experiência.
O amor que possuímos ao conjuge é aonde devemos adentrar, por ser o amor mais puro em seu estado emocional. Não se tem idéia de onde vamos adentrar, ainda que o conheçamos muito bem, o objeto nos guarda muitos segredos que só podem ser demonstrados após o afeto oferecido em um relacionamento, seja ele curto ou duradouro. Para o amor o Tempo é inimigo e o espaço o aliado. Pois o espaço proporciona emoção e o tempo a apaga. Um amor sem emoção é a indiferença e o amor com emoção é a mais pura forma de socialização.
Os casais buscam um no outro a solução para as suas falhas. Se nos exaltamos e no outros que buscamos a moderação, mas é chegada a hora do derradeiro fim, pois o outro não atende as expectitativas indivíduais no qual necessitamos e assim quebra-se o elo emocional que fora construído na relação emocional. Não devemos esperar, nunca o melhor de uma pessoa para conosco, pois o amor traz a tona máculas desconhecidas pelo próprio indivíduo e que ele não conseguirá lidar sem tentar agir de maneira racional. O que torna-se o amor uma tárefa Hérculea de equilibrar o exageros da emoção com a moderação racional.
Não é a salvação que nos trará o outro, mas sim a resposta para nossa falta na qual sentimos por não ter a sexualidade plena. O ser humano dividido em dois sexos é um ser incompleto, tanto que ainda em uma relação homoafetiva sempre haverá contrapartes masculina e feminina. Isso demonstra quanto o ser humano é um animal solitário e tende a socialiazar-se para não cair na loucura ou a profunda depressão.
Amamos e façamos amor com a moderação da ração e respeito a liberdade de quem amamos. Amar é iniciar uma sociedade baseada na plena confiança e estabelecimento de cotas de afeta recíprocos e equitativos entre as partes. Inicia-se uma empresa cuja finalidade é a felicidade e o preenchimento do vazio humano no qual todo ser possui por ter a divisão sexual. Um ser humano sem amor é um sociopata, incapaz de socializar-se e sentir emoções ele tenderá a destruí-las durante sua vida.
Então de maneira conclusiva chegamos a definição do amor humano. Um fenômeno social de interesse sexual despertado pela carência que possuímos de afeto por não termos qualidades e defeitos em nós assim procuramos complementar com o relacionamento com outro ser.
quinta-feira, 16 de junho de 2011
A Vingança é um prato que se come frio...
A vingança é uma espécie de justiça bárbara, de tal maneira que quanto mais a natureza humana se inclinar para ela, tanto mais a deve a lei exterminá-la. Porque a primeira injúria não faz mais que ofender a lei, ao passo que a vingança da injúria põe a lei fora do seu ofício. De certo, ao exercer a vingança, o homem iguala-se ao inimigo; mas, passando sobre ela, é-lhe superior; porque é próprio do príncipe perdoar. E tenho a certeza que Salomão disse: «É glorioso para um homem desdenhar uma ofensa». O que passou, passou, e é irrevogável; os homens prudentes já têm bastante que fazer com as coisas presentes e vindouras; não devem, portanto, preocupar-se com bagatelas como o trabalhar em coisas pretéritas.
Não há homem que faça o mal pelo mal, mas apenas na perseguição do lucro, do prazer ou da honra, etc. Porque hei-de ficar ressentido com alguém, apenas pela razão de que ele mais ama a si próprio do que a mim? E se alguém me fez mal, apenas por pura maldade, então, esse é unicamente como a roseira e o cardo que picam e arranham apenas porque não podem de outra forma proceder. A espécie mais tolerável de vingança ainda é aquela que vai contra ofensas que na lei não encontram remédio; mas, por isso, acautelai-vos, investigando se realmente não haverá para cada ofensa uma punição legal; caso contrário, o vosso inimigo ganhará vantagem, porque aliado à lei, terá dois votos contra vós. Alguns, quando exercem vingança, desejam que a pessoa saiba donde partiu o golpe. Isso é mais generoso, porque o prazer parece estar não tanto em arremessar o golpe como em obrigar o inimigo a arrepender-se, mas os covardes, baixos e vis, são como a seta que voa na escuridão.
Francis Bacon, in 'Ensaios - Da Vingança'
terça-feira, 7 de junho de 2011
A consciência é a Lei do Homem
domingo, 29 de maio de 2011
Repense o ideal e tenha uma nova idéia...
Tenho grandes suspeitas e muitas reservas maldosas em relação ao que se chama ideal. O meu pessimismo está em ter reconhecido que os grandes sentimentos são uma fonte de infelicidades; ou seja, de estiolamento, de desvalorização do Homem. Sempre que esperamos dum ideal algum progresso, entramos na ilusão: a vitória do ideal tem sofrido, até hoje, um movimento retrógrado.
Cristianismo, revolução, abolição da escravatura, igualdade de direitos, filantropia, amor ao inimigo, justiça, verdade... Tudo grandes palavras, que só têm valor nas batalhas ou nas bandeiras: não como realidades, mas como fórmulas aparatosas, que exprimem o contrário do que dizem.
Afinal, o nosso idealismo quimérico faz também parte da existência, e também deve manifestar-se no carácter da existência; não sendo a fonte da existência, nem por isso deixa de estar presente nela. Tanto os nossos pensamentos mais elevados como os mais temerários são fragmentos característicos da realidade. Porque, o nosso pensamento é feito de características da realidade; o nosso pensamento é feito da mesma substância de todas as coisas.
Friedrich Nietzsche, in 'A Vontade de Poder'
Citação do Dia... Carlos Drummond de Andrade
sexta-feira, 20 de maio de 2011
O conhecimento x A Crença
Se a mentalidade dos fieis não tem evoluído muito desde a época remota em que, às margens do Nilo, Isis e Hathor atraíam aos seus templos milhares de fervorosos peregrinos, é porque, no decurso das idades, os sentimentos, verdadeiros alicerces da alma, mantêm a sua fixidez. A inteligência progride, mas os sentimentos não mudam.
A fé num dogma qualquer é, sem dúvida, de um modo geral, apenas uma ilusão. Cumpre, contudo, não a desdenhar. Graças à sua mágica pujança, o irreal torna-se mais forte do que o real. Uma crença aceite dá a um povo uma comunhão de pensamentos que originam a sua unidade e a sua força.
Sendo o domínio do conhecimento muito diverso do terreno da crença, opô-los um ao outro é tarefa inútil, embora diariamente tentada.As leis que regem a psicologia da crença não se aplicam somente às grandes convicções fundamentais, que deixam uma marca indelével na trama da história. São também aplicáveis à maior parte das nossas opiniões quotidianas relativamente aos seres e às coisas que nos cercam.
A observação mostra que, na sua maioria, essas opiniões não têm por sustentáculos elementos racionais, porém elementos afetivos ou místicos, em geral de origem inconsciente. Se nós as vemos discutidas com tanto ardor, é precisamente porque elas pertencem ao domínio da crença e são formadas do mesmo modo. As opiniões representam geralmente pequenas crenças, mais ou menos transitórias.
Seria, pois, um erro supor que se sai do terreno da crença, quando se renuncia às convicções ancestrais. Teremos ensejo de mostrar que, as mais das vezes, ainda mais se aprofundou nesse domínio.
Sendo as questões suscitadas pela gênese das opiniões da mesma natureza que as relativas à crença, devem ser estudadas de modo análogo. Muitas vezes distintas nos seus esforços, crenças e opiniões pertencem, no entanto, à mesma família, ao passo que o conhecimento faz parte de um mundo inteiramente diverso.
Gustave Le Bon, in "As Opiniões e as Crenças"
Citação do Dia...Jacques Bossuet
terça-feira, 10 de maio de 2011
Qual a necessidade da religião?
O homem comum entende como sendo a sua religião um sistema de doutrinas e promessas que, por um lado lhe explica os enigmas deste mundo com uma perfeição invejável, e que por outro lhe garante que uma Providência atenta cuidará da sua existência e o compensará, numa futura existência, por qualquer falha nesta vida. O homem comum só consegue imaginar essa Providência sob a figura de um pai extremamente elevado, pois só alguém assim conseguiria compreender as necessidades dos filhos dos homens ou enternecer-se com as suas orações e aplacar-se com os sinais dos seus remorsos. Tudo isto é tão manifestamente infantil, tão incongruente com a realidade, que para aquele que manifeste uma atitude amistosa para com a humanidade é penoso pensar que a grande maioria dos mortais nunca será capaz de estar acima desta visão de vida.
É ainda mais humilhante descobrir como é grande o número de pessoas, hoje em dia, que não podem deixar de perceber que essa religião é insustentável, e, no entanto, tentam defendê-la sucessivamente, numa série de lamentáveis actos retrógados. Gostaríamos de pertencer ao número dos crentes, para podermos advertir os filósofos que tentam preservar o Deus da religião substituindo-o por um princípio impessoal, obscuro e abstracto, e dizemos: «Não usarás o nome de Deus em vão!». Alguns dos grandes homens do passado fizeram o mesmo, mas isso não serve de justificação para nós; sabemos porque é que tiveram que o fazer.
Sigmund Freud, in 'A Civilização e os Seus Descontentamentos'
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Poesia com BirdBardo
Em outras bandas foi morar
Saiu da terra de Cartola
terça-feira, 19 de abril de 2011
A gente se acostuma...E agora?!
Citação do Dia...John Ruskin
terça-feira, 12 de abril de 2011
Para um momento fúnebre...
Não amaremos talvez insuficientemente a vida? Já notou que só a morte desperta os nossos sentimentos? Como amamos os amigos que acabam de deixar-nos, não acha?! Como admiramos os nossos mestres que já não falam, com a boca cheia de terra! A homenagem surge, então, muito naturalmente, essa mesma homenagem que talvez eles tivessem esperado de nós, durante a vida inteira. Mas sabe porque nós somos sempre mais justos e mais generosos para com os mortos? A razão é simples! Para com eles, já não há deveres. É assim o homem, caro senhor, tem duas faces. Não pode amar sem se amar. Observe os seus vizinhos, se calha de haver um falecimento no prédio. Dormiam na sua vida monótona e eis que, por exemplo, morre o porteiro. Despertam imediatamente, atarefam-se, enchem-se de compaixão. Um morto no prelo, e o espectáculo começa, finalmente. Têm necessidade de tragédia, que é que o senhor quer?, é a sua pequena transcendência, é o seu aperitivo. É preciso que algo aconteça, eis a explicação da maior parte dos compromissos humanos. É preciso que algo aconteça, mesmo a servidão sem amor, mesmo a guerra ou a morte. Vivam, pois, os enterros! Albert Camus, in 'A Queda' -->
segunda-feira, 28 de março de 2011
Poesia com Birdbardo
Hoje é sexta feira
De alegrar-me chegou a hora
Eu vou me esbaldar
Vou lá pra Vila Mimosa
Eu quero carinho de Loira
O Beijo da Ruiva
E o calor da Mulata
Vou vestir roupa bonita
Esvaziar a carteira inchada
Hoje é sexta feira
Desejo carne e o perfume de rosa
Vou me estasiar
E vou pra Vila Mimosa
Lá tem Mulher boa
A gente fuma, bebe e goza
Esta noite vou me acabar
Pois estou na Vila Mimosa
É na Praça da Bandeira
Que vai erguer-se o mastro
Eu quero amar a noite inteira
Até o céu trocar de astro
Já não é mais sexta feira
E a noite foi-se saudosa
Eu me acabei a noite inteira
Eu fui a Vila Mimosa Minha
homenagem aos Canalhas e adoradores de Profissionais do sexo Cariocas...
segunda-feira, 14 de março de 2011
Vivendo e Aprendendo...Conjugue-os!
Aprende o mais simples!
terça-feira, 8 de março de 2011
Censurado
José Saramago, in "Diálogos com José Saramago"